Há um pouco mais de 5 anos, eu mudei a rota da minha vida, sonhos, planos, metas, para alcançar um objetivo. Lembro de uma crise salutar que vivi em 2017, quando estava iniciando meu caminho vocacional na Comunidade Shalom. Em uma sessão de coach, com meu gerente e colega na época, pessoa que sou muito grata, pois muito me ensinou (aprendi com ele que o meu óbvio não é o óbvio dos outros). Enfim, nesta sessão tratava-se de projeções futuras, onde traçava com ele meu BSC pessoal. 5g2j
E ali reconhecendo minhas potencialidades e fraquezas, ele ia enumerando tudo o que eu poderia ser, a profissional que eu poderia me tornar, exaltava o ego da menina do ensino médio que sonhava em ser PHD em istração.
Recordo que do nada, comecei a chorar durante a sessão, e o coach ali sem nada compreender. Mas, dentro de mim travava-se uma luta, uma grande batalha entre os meus sonhos (lícitos) e a vontade de Deus (santa). A batalha entre o humano e o divino, entre o lícito e o Santo.
Não me recordo se houve mais uma sessão, ou já foi ali que ele me levou a refletir e decidir se teria sentido continuar como sua coaching, pois estava explícito que o sucesso profissional, o anseio por uma carreira de sucesso não era mais meu objetivo pessoal.
O processo de coach me auxiliava no autoconhecimento, o que era muito bom, mas o objetivo do mesmo, as ferramentas utilizadas era em vista de estabelecer uma carreira profissional de sucesso e percorrê-la, e como disse no início meu objetivo havia mudado.
Novos sonhos? 3a58n
A jovem que sonhava em ser PHD em istração, que até ali já era pós-graduada, deixa tudo para percorrer uma nova estrada, a da Santidade.
Mas, vale salientar que o rumo não foi mudado porque é impossível ser Santa e PHD, Mestre, Doutora, ou qualquer outro título acadêmico. Mudei de estrada, porque descobri que a minha santidade não ava por esses caminhos, era necessário um novo rumo, um novo horizonte.
Fui descobrindo que a minha santidade ava por um deserto, por uma pobreza, por uma renúncia, pela vivência da minha identidade mais profunda.
De me reconhecer inteiramente como mulher (em sua plenitude), Filha de Deus (em sua liberdade), Comunidade de Vida (em sua vivência), e no meu estado de vida (em minha decisão).
E de ter a certeza de que essa Sou eu, e sendo eu é o único objetivo que devo percorrer. Visto que, é para este certame que me é proposto que eu corro, com perseverança, com os olhos fixos na cruz. Pois é a Cruz o meu verdadeiro sucesso.
E isso é essencial, e não acidental.
Jackeline Bastos