Ainda no esforço de consolidação da própria identidade a Igreja, iluminada pelos ensinamentos de Cristo, se compreendeu como: “Grande árvore, com múltiplos ramos”. Leia a declaração do Catecismo: x1ux
“Tal como uma árvore se ramifica maravilhosa e variegada no campo do Senhor, a partir de uma semente lançada por Deus, assim surgiram diversas formas de vida solitária ou comum, e várias famílias religiosas que vêm aumentar a riqueza espiritual, tanto em proveito dos seus próprios membros como no de todo o Corpo de Cristo” (CIC 917).
Esses múltiplos ramos infelizmente foram compreendidos por simpatizantes das ideias de Martinho Lutero, como sendo denominações cristãs independentes umas das outras. A Igreja, porém, apoia sua compreensão na declaração do apóstolo:
”Irmãos: Ninguém pode dizer ‘Jesus é o Senhor’ a não ser pela ação do Espírito Santo. De fato, há diversidade de dons espirituais, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Em cada um se manifestam os dons do Espírito para o bem comum. Assim como o corpo é um só e tem muitos membros e todos os membros, apesar de numerosos, constituem um só corpo, assim também sucede com Cristo. Na verdade, todos nós – judeus e gregos, escravos e homens livres – fomos batizados num só Espírito, para constituirmos um só Corpo. E a todos, foi dado a beber um único Espírito” (1Cor 12,3b,3b-12-13).
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Ameaças contra a doutrina de Cristo sempre existiram e o Salvador, inclusive, já havia orientado Seus apóstolos sobre isso. São Paulo, por exemplo consciente desses perigosos, exortou seu rebanho dizendo que, se alguém anunciasse uma doutrina, outro evangelho diferente do que ele já havia anunciado, que fosse tratado como “anátema”, ou seja, maldito. Ainda que fosse ele próprio, ou mesmo um suposto anjo de Deus. O compromisso do apóstolo ao afirmar algo tão forte é justamente o de mostrar para todos a autenticidade do Evangelho anunciado e a realidade de que, de fato, quem deve ser agradado é Deus (cf. Gl 1,6-12).
A Igreja, então, com seus legítimos pastores, é a instância máxima neste mundo com a autoridade de anúncio do evangelho de Cristo, bem como de conservar as tradições e aprendizados históricos da ortodoxia da fé.
A heresia da “Sola Scriptura” difundida por Lutero e seus simpatizantes, abre espaço para inúmeros equívocos, pois carece dessa instância de governo e catequese.
Na Igreja de Cristo, há várias vocações: eremitas (cf. CIC 920); virgens e viúvas consagradas (cf. CIC 922); institutos de vida religiosa consagrada (cf. CIC 922 a 925); institutos seculares, Sociedades de vida apostólicas, poderíamos ainda enquadrar aqui, inclusive, as novas comunidades, tais como: Comunidade Católica Shalom, Canção Nova, Obra de Maria e tantas outras (cf. CIC 928).
Seja qual for a vocação na Igreja, sua missão gira em torno de preparar o rebanho do Senhor para sua volta definitiva. Trata-se do anúncio do Rei que vem julgar os vivos e os mortos (Parusia) (cf. CIC 931-932). A Vida religiosa consagrada, então, bem como todos os batizados no seu estado laico, devem ser um testemunho público do Senhor.
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