A Santa Sé divulgou nesta terça-feira, 25 de fevereiro, a Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2025. Nela o Pontífice propõe um exame de consciência tendo como plano de fundo o caminho jubilar do peregrino da Esperança.
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“Nesta Quaresma, enriquecida pela graça do Ano Jubilar, gostaria de oferecer algumas reflexões sobre o que significa caminhar juntos na esperança e evidenciar os apelos à conversão que a misericórdia de Deus dirige a todos nós, enquanto indivíduos e comunidades”, escreve.
Exame do viajante n1m63
O primeiro ponto sugerido por Francisco é o que ele chamou de “exame do viajante”. Segundo o Pontífice, somos todos peregrinos nesta terra, rumo à Casa do Pai. Para ele, é importante aproveitar o tempo quaresmal para refletir como temos vivido esta peregrinação.
“Cada um pode perguntar-se: como me deixo interpelar por esta condição? Estou realmente a caminho ou estou paralisado, estático, com medo e sem esperança, acomodado na minha zona de conforto? Busco caminhos de libertação das situações de pecado e falta de dignidade?”, questiona.
E ainda propõe, “seria um bom exercício quaresmal confrontar-nos com a realidade concreta de algum migrante ou peregrino e deixar que ela nos interpele, a fim de descobrir o que Deus pede de nós para sermos melhores viajantes rumo à casa do Pai”.
Conversão à sinodalidade 274t1z
O segundo ponto proposto por Francisco é a conversão à sinodalidade. O Pontífice enfatiza que o caminho do cristão é feito junto, de maneira sinodal. “Os cristãos são chamados a percorrer o caminho em conjunto, jamais como viajantes solitários”.
“Nesta Quaresma, Deus pede-nos que verifiquemos se nas nossas vidas e famílias, nos locais onde trabalhamos, nas comunidades paroquiais ou religiosas, somos capazes de caminhar com os outros, de ouvir, de vencer a tentação de nos entrincheirarmos na nossa autorreferencialidade e de olharmos apenas para as nossas próprias necessidades”.
Conversão à esperança 6v4z1j
O último apelo é a conversão “a confiança em Deus e na sua grande promessa, a vida eterna”.
“Devemos perguntar-nos: estou convicto de que Deus me perdoa os pecados? Ou comporto-me como se me pudesse salvar sozinho? Aspiro à salvação e peço a ajuda de Deus para a receber? Vivo concretamente a esperança que me ajuda a ler os acontecimentos da história e me impele a um compromisso com a justiça, a fraternidade, o cuidado da casa comum, garantindo que ninguém seja deixado para trás?”
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