Seguindo a dinâmica dos vícios anteriores, apresentaremos algumas atitudes que podem servir como sinal de alerta, com o objetivo de favorecer o seu autoconhecimento. Lembramos que as trazemos apenas como simples indicadores que podem nos servir para uma autoavaliação, para que assim você possa reconhecer possíveis vestígios do vício no seu proceder.
Acompanhe agora conosco: Mas afinal, quais são três maiores características de um invejoso?
1 – Sentimentos de pesar com as realizações dos outros: se percebermos dentro de nós que há uma reação de pesar ou tristeza perante o sucesso profissional, proveito espiritual, progresso na dimensão humana, crescimento nas virtudes ou outras realizações dos nossos irmãos, então, tenhamos cuidado, porque este é o primeiro indicador da inveja dentro de nós.
2 – Fofoca: a calúnia ou fofoca é um dos atos que mais faz padecer grupos, comunidades, famílias e a própria Igreja. Não é à toa que o Papa Francisco costuma falar mais sobre fofoca (sempre num tom exortativo) do que sobre assassinato ou adultério.
Às vezes, com a intenção de partilhar, desabafar ou até nos lamentar, acabamos caindo na murmuração contra os nossos irmãos. Sejam mentiras, seja a parte da verdade que conhecemos, seja uma experiência negativa, com todo o seu sentimentalismo barato, nada nos dá direito a falar mal dos outros.
Certamente, muitos sofrimentos surgem das relações humanas (não somos seres isolados), contudo, nada nos dá direito a difamar os irmãos, especialmente no que diz respeito às suas fraquezas e pecados. No exato momento em que falo do mal do meu irmão me torno pior do que ele.
Jesus é claro ao dizer que quando teu irmão pecar deves corrigi-lo a sós (cf. Mt 18,15-20). Em momento algum diz: se teu irmão pecar, fala aos teus outros irmãos sem que este o saiba. A Sagrada Escritura diz que “a língua do tagarela fere como uma espada de dois gumes” (Pv 12,18), de modo que se da tua boca não sair amor, então cala-te! Pois se a língua é espada afiada, então falar nas costas do irmão pode ser comparado com enfiar uma faca nas suas costas.
3 – Rejeição ao outro: chegado certo ponto, pode existir uma rejeição tão grande pelo outro que queiramos, conscientemente que algo de mal aconteça com ele. Ora, ensina o Catecismo que “desejar ao próximo um mal grave, é pecado mortal” (CIC 2539), uma vez que a justiça para com o outro é o amor. Certamente, nas nossas relações pode haver pessoas com quem tenhamos afinidade e outras não. Examinemo-nos para ver se a rejeição que sentimos por aquele irmão não encontra a sua origem na inveja.
Você percebe algum destes “sintomas” em você em relação a alguém? Faça um exame de consciência e peça a Deus a graça de um arrependimento sincero.
Todos os episódios da série:
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