Santo Espírito,
aproximando-se o dia de Pentecostes, sinto o desejo de me reportar a Ti, de maneira particular. A você que és conhecido de tantas formas, que se deixa ser nomeado de tantas maneiras. A Ti, confio, neste tempo, de maneira particular, o meu nada.
Santo Espírito, como eu desejo ser cheia de Ti, da Tua graça, da Tua profunda sabedoria, para, de fato, ser uma filha enamorada pela Santíssima Trindade. Contudo, olho para mim e vejo, percebo o quão duro ainda é o meu coração. São tantas as situações, que ao longo do meu dia a dia, que me mostram que não me permito ser envergada, ser dobrada, para que Tu, com a Tua graça, venças em mim. Quantas vezes vou desejando que a minha verdade prevaleça, mesmo sabendo que Tu és a Verdade por excelência.
Quantas decisões e discernimentos eu faço sozinha, com as minhas fraquezas, e esqueço que Tu és a fonte de toda a sabedoria. Santo Espírito, é vergonhoso perceber que, muitas vezes, eu vou escolhendo viver como uma pagã, pois nas pequenas ações e atitudes do meu dia, daminha vida vou escolhendo viver sem Ti, esqueço que Tu és o doce hóspede da minha alma.
Quem me dera se eu consultasse mais a Ti do que a mim mesma, ao Google, à IA, ao dicionário e a tantas outras ferramentas, analógicas ou tecnológicas. Quem me dera ter uma conexão profunda Contigo, o amadíssimo hóspede. Queria eu… não!, eu quero! Eu desejo compreender esse doce mistério da Trindade que habita em mim. E, nessa compreensão, nessa profunda conexão, permitir que você aja em mim, que sejas o protagonista da minha história.
Santo Espírito, só você pode controlar o que é descontrole em mim, governar aquilo que eu já considero ingovernável nos meus comportamentos, no meu temperamento, no meu “eu”. Só você pode dobrar e envergar o que é duro em mim. Santo Espírito, só Tu podes incendiar o que é frio e morno em mim. Só Tu podes transformar o impossível da minha vida.
Santo Espírito, nesta carta, também quero Te louvar, porque você não desiste de mim. Tu olhas e vês tudo o que ainda sou — ou não sou. Vês o quanto estou longe da santidade, mas permaneces a habitar em mim. Obrigada, Divino Espírito, por se ocupar com a minha conversão, por trabalhar a minha alma para a santidade.
Jackeline Bastos
Comunidade de Vida e Celibatária