Você tem acompanhado aqui no comshalom.parainforma.com a Série Vícios e Virtudes. Ontem falamos sobre os sinais da presença do vício chamado de impureza, mas conhecido também como luxúria. Hoje falaremos sobre a virtude da Castidade, remédio para combater a Luxúria em nós.
Mas afinal, o que é a castidade?
A castidade é, junto com a pobreza e a obediência, um conselho evangélico. O próprio Cristo guardou a sua castidade por amor aos homens.
O homem casto é aquele que tem o coração indiviso, ou seja, que não está fragmentado pelo pecado. Com o coração inteiro, o põe completamente em Deus, e nele, e partir dele, vive toda a sua vida de relação com os outros.
Ele ama com o amor de Deus. Ordena tudo a partir do amor de Deus: a sua afetividade, a sua sexualidade, a sua vida espiritual, tudo.
Remédio contra luxúria: O outro 54574n
A castidade se dá nas relações: com Deus, com os outros e consigo mesmo. É amor desinteressado. De modo que, o homem casto se relaciona desinteressadamente com Deus, com o outro e consigo mesmo.
Nos referimos brevemente à castidade no livro “Virtudes: caminho de imitação de Cristo”, no qual afirmamos:
“A castidade unifica novamente, cura a divisão interior gerada pelo pecado.” (Virtudes: caminho de imitação de Cristo, cap. 7).
A castidade pode ser vivida na continência, no caso dos solteiros e dos celibatários, e na relação conjugal, no caso dos casados.
A sexualidade plena
Com ensina o Catecismo, “a sexualidade ordena-se para o amor conjugal do homem e da mulher. No matrimônio, a intimidade corporal dos esposos torna-se sinal e penhor de comunhão espiritual. Entre os baptizados, os laços do matrimônio são santificados pelo sacramento” (CIC 2360).
Dentro da relação conjugal, o prazer não é banido, antes é bem recebido como fruto da união de amor:
“Os atos pelos quais os esposos se unem íntima e castamente são honestos e dignos; realizados de modo autenticamente humano, exprimem e alimentam a mútua entrega pela qual se enriquecem um ao outro com alegria e gratidão. A sexualidade é fonte de alegria e de prazer: foi o próprio Criador Quem estabeleceu que, nesta função da geração, os esposos experimentassem prazer e satisfação do corpo e do espírito. Portanto, os esposos não fazem nada de mal ao procurar este prazer e gozar dele. Aceitam o que o Criador lhes destinou. No entanto, devem saber manter-se dentro dos limites duma justa moderação.” (CIC 2362)
Dicas para crescer na Virtude da Castidade
1- Oração: Santo Agostinho é claro nas suas Confissões quando diz que só é possível viver a castidade por graça divina. A oração é esse lugar no qual nos deixamos transformar pela graça, de modo que, só com uma vida de oração é possível viver a castidade.
2- Fuga das ocasiões de pecado: aqui não estamos falando que deva ser assumida uma postura de medo, mas de prudência. No livro “Virtudes: caminho de imitação de Cristo” dedicamos um capítulo inteiro à reflexão sobre a prudência. Fugir das ocasiões de pecado exige estar atento à realidade objetiva, analisar se dita situação irá colaborar com a minha vivência da castidade e, caso a resposta for negativa, renunciar. Nada que ameace esta virtude pode ser bom, de modo que nada pode ser tão bem que faça valer a pena perder ter o coração indiviso e unido a Deus.
3- Mortificação: as pequenas renúncias educam a nossa vontade, a fim de poder submeter os nossos instintos e paixões à razão. Vale a pena fazer pequenos sacrifícios com frequência. Trata-se de contradizer a nossa vontade a fim de fortalecê-la, para que assim, quando estejamos perante a possibilidade de pecar, sejamos fortes o suficientes (com a graça de Deus) como para dizer não ao pecado.
4- Aprofundamento das convicções profundas a respeito dos valores cristãos: é salutar renovar constantemente a nossa opção pela vivência do Evangelho, através de boas leituras, a vida sacramental, formação humana e espiritual, retiros, etc. A nossa memória é fraca, por isso, é importante manter sempre vivas as convicções a respeito dos nossos valores morais, a fim de que nos momentos de tentação, não esqueçamos porque escolhemos o que escolhemos. Ora, isto não se trata de ‘lembrar a regra’, se trata de renovar a experiência e aprofundar o conhecimento de Jesus, o motivo pelo qual dizemos sim à vivência da castidade.
5- Fazer opções radicais pela vivência da castidade: tem momentos na vida em que somos colocados entre duas opções contrárias. Quando se trata dos valores do Evangelho, não devemos hesitar em escolher sempre a vontade de Deus. Se há lugares que nos deixam propensos a pecar contra a castidade, é bom deixar de frequentá-los; se há relacionamentos que nos fazem cair, então, é melhor distanciar-se; se há momentos que nos levam ao pecado, devemos evitá-los. O pecado é uma escolha de ruptura com Deus, e cada vez que pecamos fazemos uma escolha radical neste sentido. Talvez seja o momento de fazer escolhas igualmente radicais para o bem, por Deus, pela castidade.
Que o Senhor nos dê a graça de que sermos cada vez mais como Ele, Cordeiro puro e sem mancha.
Todos os episódios da série:
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Vício da Luxúria:
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O vírus da ira e os seus efeitos negativos em nós
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